Revolução Francesa
A Revolução Francesa marcou o fim da Idade Moderna e foi um movimento social e político que ocorreu na França no ano de 1789 e derrubou o Antigo Regime, abrindo o caminho para uma sociedade moderna com a criação do Estado Democrático. Além disso, acabou influenciando diversos lugares do mundo, com seus ideais de "Liberdade, Igualdade, fraternidade".
O período em que ocorreu a revolução era bastante conturbado para o país. Regido por um regime absolutista, os franceses se viam obrigados a pagarem impostos extremamente caros, para sustentar os luxos da nobreza.
País agrário, com processo industrial ainda recente, a França enfrentava um período de grandes injustiças sociais no Antigo Regime.
O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas: economia, justiça, política e até a religião. O povo não tinha voz, não podia votar, nem sequer dar opinião sobre o governo e os que se opunham ao Estado eram presos na Bastilha ou condenados á guilhotina. Desde que Luís XIV, o Rei Sol assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da manutenção da corte, que era bastante luxuosa. Após a participação do país na Guerra da Independência dos EUA e na Guerra dos Sete Anos, os gastos aumentaram consideravelmente.
Luís XVI nasceu em Versalhes e era neto de Luís XV e de Maria Josefa da Saxônia. Com a morte do seu avô, tornou-se rei de França entre 1774 e 1792, uma vez que era o único herdeiro do trono, e casou-se em 1770 com a arquiduquesa austríaca Maria Antonieta de Habsburgo, que era filha da imperatriz Maria Teresa da Áustria.
Em 1774, assumiu o trono e era conhecido como um rei de caráter fraco, uma vez que apenas usava o poder que possuía para satisfazer o Parlamento. Era dominado pela aristocracia, o que levou o reino quase à beira da falência.
Em 1788, a produção de alimentos baixou, devido a condições climáticas. Consequentemente, os preços aumentaram assim como a fome, provocando mais descontentamento entre a população.
O rei, ao se dar conta da situação, pediu auxílio ao ministro Turgot, incumbindo-o de arranjar uma solução para resolver a crise em que se vivia na altura. Mas este sofreu uma forte oposição por parte das ordens privilegiadas e acabou por se demitir e logo foi substituído por Necker, que convenceu o rei a convocar os Estados Gerais que se reuniram em Maio de 1789, em Versalhes.
O desejo inicial era fazer com que todas as ordens pagassem impostos, mas o clero e a nobreza recusavam-se e usavam a estratégia do voto por ordem, e não por cabeça, para manterem os seus privilégios. Perante este impasse, Luís XVI decidiu pôr fim aos Estados Gerais. Os representantes do Terceiro Estado, insatisfeitos, decidiram reunir-se à parte, reunião conhecida como “Juramento da Sala do Jogo da Péla”, criando a Assembleia Nacional Constituinte (a esta caberiam, de futuro, todas as decisões que o monarca deveria executar).
A população estava cansada de viver nas condições precárias, as quais se encontravam. Muitos tinham grande parte de seus salários revertidos em impostos altíssimos que pagavam a vida boa da nobreza e da Família Real. Por isso que, sob influência dos ideais iluministas, o povo se levantou contra a opressão absolutista.
Perante a criação da Assembleia Nacional Constituinte e a recusa do rei em aprovar a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a população parisiense (liderada pelos burgueses) invadiu Versalhes e capturou a família real que tentava fugir do país. Luís XVI tencionava fugir do Palácio das Tulherias, em 1791, para comandar a contrarrevolução a partir do exterior, onde contava com muitos apoios. Porém foi detido em Varennes e condenado à morte na guilhotina em 21 de Janeiro de 1793.
Com a execução do rei, mais de um milênio de história monárquica chegou ao fim. Abria-se o caminho ao povo e à república.
REFERÊNCIAS:
http://revolucao-francesa.info/
https://noseahistoria.wordpress.com/os-alunos-e-a-historia-2/luis-xvi-de-franca/